Atualmente, está cada vez mais difícil gerar tráfego orgânico na internet. Neste artigo, vou explicar algumas mudanças tecnológicas e culturais que impactaram queda do tráfego orgânico.

No início dos anos 2000 era relativamente simples gerar tráfego orgânico. Nesta época não existiam os algoritmos e as redes sociais entregavam um alcance orgânico muito alto. Além disso, não existiam tantos sites, blogs e mídias digitais como existem hoje, sendo assim, a concorrência era muito menor.

Mas, tudo mudou em 2014 quando Facebook começou a testar os algoritmos que conhecemos hoje. Desde então, quem decide o que será mostrado para cada usuário são os algoritmos. De fato, isso mudou muita coisa, foi o fim dos conteúdos em ordem cronológica.

Este foi início de uma série de mudanças na internet de modo geral e no tráfego orgânico.

Em fevereiro de 2028 a Folha de S.Paulo optou por parar de publicar no Facebook, por não concordar com a dinâmica dos algoritmos. 

Como funciona o tráfego orgânico na internet

 

O tráfego orgânico consiste em aparecer para uma determinada audiência na internet, sem fazer investimento em publicidade. 

Teoricamente, este é o papel dos algoritmos das redes sociais, como Instagram por exemplo. Pegar o seu conteúdo publicado e apresentar organicamente, para uma audiência, interessada no assunto do conteúdo publicado. 

Bem como, os mecanismos de buscas como Google e YouTube. Quem buscam conteúdos publicados para apresentar como resultados das pesquisas feitas na plataforma.

O que mudou nas estratégias de tráfego orgânico 

 

Existem quatro fatores, que vem impactando diretamente na redução do tráfego orgânico. 

  • Formato dos conteúdos

  • Dinâmica das mídias

  • Segmentação da audiência

  • Alcance orgânico 

Na prática, estes são fatores que estão ligados as novas tecnologias. Desde os algoritmos até os dispositivos que utilizamos para consumir conteúdos hoje em dia. 

Uma pesquisa recentre mostrou que o consumo de conteúdo mobile, ultrapassou o tempo em frente a TV. 

Ou seja, boa tarde dos conteúdos criados hoje em dia, precisam ser pensados na dinâmica dos dispositivos móveis. 

Além disso, tem a competição pela audiência que não se resume as redes sociais. Todos os demais aplicativos podem tirar a atenção do seu usuário com apenas uma notificação. Novamente, falamos aqui da dinâmica das novas mídias e dos demais fatores citados que impactam no tráfego orgânico.

O impacto dos formatos de conteúdo no tráfego orgânico 

 

Com chegada dos algoritmos e novas tecnologias, surgiram novos formatos e linguagens na internet. Isso impactou diretamente no tráfego orgânico, pois naturalmente a forma de consumir conteúdo também foi mudando.

Consequentemente, as mídias foram priorizando conteúdos, adequados a estes novos formatos e linguagens. Por exemplo, o próprio Google, que prioriza sites com layouts responsivos, que se adequem aos diversos tamanhos de dispositivos móveis. Visando oferecer a melhor experiências para os usuários.  

Logo, aqueles que não seguem estas diretrizes, acabam tendo menos alcance e consequentemente, menos tráfego orgânico.

Outro ponto que impactou bastante no tráfego orgânico, foi a linguagem das redes sociais e mídias digitais. Cada mídia tem sua linguagem, portanto criadores de conteúdo precisaram adaptar sua comunicação a linguagem de cada mídia. 

O impacto da dinâmica das mídias digitais no tráfego orgânico 

 

A forma como consumimos conteúdo na internet mudou muito. Hoje, em poucos minutos conseguimos consumir dezenas de conteúdos dos mais diversos formatos.

Bem diferente de como era no início dos anos 2000 quando a internet móvel estava surgindo.

A dinâmica do compartilhamento e recomendações de conteúdos, impactou diretamente na queda do tráfego orgânico. 

Antes, era preciso pesquisar no Google ou no YouTube para chegar até uma informação. Atualmente, esta informação chega até você pela redes sociais por meio de compartilhamentos. Ou seja, isso reduz o volume de pesquisa e consequentemente o tráfego orgânico das demais mídias que não estão sendo compartilhadas. 

Além disso, os algoritmos já pensam e pesquisam por você. Basta abrir suas redes sociais ou mesmo seu YouTube, veja que os conteúdos apresentados, muito provavelmente, são conteúdo que você pesquisaria se não estivessem ali na sua frente.

Portanto, esta mudança na dinâmica das mídias digitais, reduziu na navegação ativa.

Hoje, navegamos na internet de forma passiva, consumindo apenas os conteúdos que nos são ofertados pelos algoritmos e que chegam até nós por meio de compartilhamentos. Consequentemente, isso reduz o tráfego orgânico das mídias que não estão neste circuito, como sites, blogs e perfis profissionais de redes sociais.

Como segmentação da audiência reduziu o tráfego orgânico 

 

Antes, não existiam tantas redes sociais e mídias digitais como existem hoje. Sendo assim, era mais simples falar com uma audiência de pessoas interessadas em um determinado assunto. 

Atualmente, existem várias mídias além das redes sociais, isso dispersa a atenção das pessoas. Por isso, as redes sociais prezam tanto o tempo de tela e retenção dos seus usuários. Prova disso são os algoritmos, quem tem como objetivo entregar mais, daquilo que você mais dedicou tempo tela, para manter sua atenção na plataforma. 

Hoje, com as redes sociais todo mundo se tornou uma mídia. Com isso, foram se formando diversas comunidades de pessoas, umas maiores e outras menos. Comunidade, são grupos de pessoas que compartilham os mesmos valores, interesses e objetivos. 

Normalmente, toda comunidade tem um líder, que hoje pode ser representado, pelos intitulados influenciadores digitais. 

Como a redução do alcance impacta no tráfego orgânico 

 

Sem alcance orgânico de fato o tráfego reduz muito. Afinal, precisamos que o conteúdo seja apresentado para o máximo de pessoas possíveis, para termos mais chances de conseguir visualizações.

De fato, a disputa pela atenção na internet está muito grandes. São vários os aplicativos que temos em nossos smartphones que tomam nossa atenção com apenas uma notificação. Além disso, todos os dias somos bombardeados por anúncios em todas as plataformas, redes sociais, sites, blogs e streamings. 

Ou seja, esta redução do alcance orgânico, não se da apenas pela redução das redes sociais. Mas sim, por este conjunto de fatores culturais também. 

A forma como consumimos conteúdo mudou. Bem como, o tempo que dedicamos em cada uma das plataformas, isso impacta diretamente no alcance orgânico.

Logo, tráfego orgânico que tanto buscamos acaba sendo menos, em todas as plataformas e redes sociais.